Texto de Dra Carla Andreucci Polido
“Vinte e dois ensaios clínicos envolvendo um total de 15.288 mulheres preencheram os critérios de inclusão e tinham dados de desfecho que puderam ser usados. Os resultados apresentados a seguir usaram o modelo de efeito randômico, exceto nos casos especificamente citados no texto.
As parturientes que receberam apoio contínuo tiveram maior probabilidade de terem um parto vaginal espontâneo (RR 1,08, intervalo de confiança (IC) de 95% 1,04 a 1,12) e menor probabilidade de receberem analgesia intraparto (RR 0,90, IC95% 0,84 a 0,96) ou de se sentirem insatisfeitas (RR 0,69, IC95% 0,59 a 0,79).
Além disso, a duração do trabalho de parto das mulheres que receberam apoio contínuo foi mais curta (MD -0,58 horas, IC95% -0,85 a -0,31 horas), sua probabilidade de ter parto cesáreo foi menor (RR 0,78, IC95% 0,67 a 0,91) assim como de ter parto vaginal instrumental (efeito fixo, RR 0,90, IC95% 0,85 a 0,96), de necessitarem de analgesia regional (RR 0,93, IC95% 0,88 a 0,99) ou de terem um bebê com Apgar de 5 minutos baixo (efeito fixo, RR 0,69, IC95% 0,50 a 0,95).
Não foram identificados outros efeitos do apoio contínuo sobre outras intervenções durante o trabalho de parto ou sobre outras complicações maternas ou neonatais, ou sobre a amamentação.
As análises de subgrupo sugerem que o apoio contínuo é mais efetivo quando a pessoa que desempenha esse papel não faz parte da equipe hospitalar, nem de rede de apoio social da parturiente, e nos locais onde a analgesia peridural não é disponível de rotina. Não foi possível se chegar a nenhuma conclusão quanto ao momento do início do apoio contínuo.”
Hodnett ED, Gates S, Hofmeyr GJ, Sakala C
15 Julho 2013
Revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos randomizados da Cochrane
Nível de Evidência Ia
Grau de recomendação A
http://www.cochrane.org/pt/CD003766/apoio-continuo-para-mulheres-durante-o-parto