Em primeiro lugar, saiba que você não precisa se preocupar com o grau da placenta ou com essa história de “placenta velha”, “envelhecida” ou “calcificada”. Nem para os médicos é uma informação muito útil por si só. Não existem definições seguras e comprovadas sobre o que é normal e o que não é em cada fase da gestação, e sobre o que é prejudicial ou não. Sozinho, o grau de maturidade não é motivo para adiantar o parto, por exemplo. 

Os “graus” da placenta, que aparecem nos laudos das ultrassonografias ao longo da gravidez, são uma classificação para o amadurecimento ou calcificação da placenta. A placenta é o órgão que cuida da nutrição e da oxigenação do bebê enquanto ele está dentro da sua barriga. Conforme a gravidez avança, ela vai ficando mais “dura” (calcificada), mas esse é um processo normal. 

O grau de calcificação vai de 0 a 3 (normalmente escrito em números romanos, I, II ou III). A maior parte (70%) das gestações não chegará ao grau III placentário. Mas uma placenta de grau III em gestação menor que 34 semanas alerta o obstetra para a possibilidade de o bebê começar a crescer num ritmo menor dentro do útero, e é possível que ele indique repouso e orientações de alimentação para tentar melhorar o crescimento fetal. 

Além disso, o obstetra pode preferir fazer ultrassonografias mais frequentes, para acompanhar o desenvolvimento do bebê. Existe a hipótese de que mulheres com vida muito agitada tenham maior tendência a apresentarem amadurecimento placentário mais precoce, mas não é um fato comprovado. Há também uma relação que talvez possa tranquilizar você. Estudos mostram que, quanto mais calcificada a placenta, mais maduros estão os pulmões do bebê. Encare o grau da placenta como um dado técnico. Para o médico, o que vai importar mesmo é o desenvolvimento do bebê dentro da barriga. 

Por Eleonora Fonseca

Fonte: http://brasil.babycenter.com/pregnancy/pre-natal/ultra-som/grau-placenta/