Saiu uma matéria muito bonita na “Bolsa da Mulher” com a participação do Obstetra Dr. Ric Herbert Jones. Não resisti e vou postar aqui uma parte e o link da matéria no final:Na hora do parto, a equipe especializada faz o seu trabalho: o obstetra está preocupado com os aspectos técnicos do procedimento, as enfermeiras cuidam para que nada falte ao médico, o pediatra se envolve com o bebê. Apesar de uma equipe multidisciplinar com vários membros, ninguém está ali especificamente para cuidar do bem estar da mãe que está dando à luz. Aí entra em cena um anjo que pode preencher essa lacuna: a doula.

O ginecologista e obstetra Ricardo Herbert Jones define as doulas de maneira lúdica. “Doulas são amortecedores afetivos. Funcionam para proteger as pacientes das inúmeras provas, dúvidas, angústias às quais ela é submetida durante o nascimento de uma criança. As doulas, como as parturientes, são abençoadas com a dádiva da cumplicidade”.

As doulas são acompanhantes de parto. Elas fazem o trabalho de apoio, acolhimento, incentivo e carinho com a parturiente. “Realizam técnicas para ajudar a mulher a lidar com a dor, incentivá-la a assumir as posições que facilitem o parto e fazê-lo o mais próximo possível daquele que ela deseja”, explica a doula Priscila Cavalcanti, do Barriga Boa.

Cada profissional pode ter suas especializações. Umas são formadas na área de saúde, outras carregam na bagagem a experiência com filhos e sobrinhos. Algumas utilizam técnicas de massagem e acupuntura ou holísticas como reiki, cromoterapia, musicoterapia. Outras usam conhecimento técnico em fisioterapia, psicologia. Cabe à paciente saber qual delas se encaixa melhor no perfil que procura.

É importante lembrar que, apesar de todo o seu treinamento, a doula não está habilitada a fazer exames ou prescrição de medicamentos. Um alerta: ela não é parteira, médica obstetra, obstetriz ou enfermeira obstetra. “Não realizamos partos, não temos licença profissional para atuar assim, mesmo em partos domiciliares. O foco é o bem-estar da mulher. Acompanhar o nascimento, realizar procedimentos, aparar o bebê, isso é com a equipe obstétrica”, esclarece Priscila.

Em diversos países as doulas são imprescindíveis e sua atuação já vem de longa data. Estima-se que só na América do Norte existam 12 mil acompanhantes. No Brasil, a demanda de mulheres e instituições que solicitam esse serviço, ainda que bem menor, vem crescendo. Com a adesão das instituições de saúde aos projetos de parto humanizado, um bom espaço foi aberto. Já não era sem tempo: essa função na assistência ao parto está completando quase uma década no país.

A DOULA E O PAI

A interação da doula com o pai é de extrema importância pois, muitas vezes, ele não sabe como se comportar naquele momento tão especial e nem consegue identificar as necessidades da companheira. Seu papel é ajudar o marido a confortá-la, mostrar os melhores pontos de massagem, sugerir formas de prestar apoio. “Em momento algum a doula ocupa o papel que é do pai. Ela complementa aquela presença tão importante. A doula procura passar confiança, esclarecendo termos técnicos e decisões que a equipe obstétrica venha a tomar, fazendo o pai sentir-se à vontade e participativo durante o trabalho de parto”, explica Priscila.

A cumplicidade entre doulas e pais faz do nascimento do bebê algo ainda mais belo. “Tive uma excelente experiência com a doula quando o meu primeiro filho nasceu. Ela me deixou bem tranquilo e me fez ver que eu poderia ajudar de forma bem intensa.

Isso me aproximou muito da minha esposa naquele momento. Nosso segundo bebê está a caminho e vamos, novamente, buscar o auxílio de uma profissional”, relata o administrador Maurício Lima, de 32 anos.

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Cristina De Melo
Mãe da Sofia
& Doula!!


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