Partos evoluem de forma mais fácil quando todos os presentes fazem parte de uma equipe, ajudando o bebê a chegar. Se alguma dessas pessoas forem espectadores, o parto pode ser ”atrasado” por horas ou até mesmo interrompido até que ocorra alguma mudança dessa energia.
Isso acontece porque qualquer um que não esteja ajudando está requisitando o apoio emocional que deveria estar toda na mulher que está parindo.
Você pode sentir vontade de ter alguma amiga ou parente com você, além do seu marido. Isso não é um problema desde que essa pessoa que você escolheu é alguém que você se sentiria bem numa situação de vida e morte. Não deixe que ninguém a pressione para aceitar que eles estejam no seu parto.
É uma boa ideia ter alguém que possa ficar com seus filhos mais velhos enquanto você está parindo, e para ajudar a cuidar nos primeiros dias após o nascimento do bebê.
O recém-nascido precisa da sua total atenção, o que pode ser difícil de fazer se você tem outros filhos presentes. Especialmente no parto. A energia de um parto é muito intensa. Crianças pequenas geralmente não entendem o que está acontecendo e podem interferir no parto.
Quando o seu colo do útero estiver totalmente aberto ou quase todo (8-10cm), você provavelmente se sentirá muito emotiva, e até sentir que é impossível parir, que você vai partir ao meio ou explodir ou que tudo dentro de você vai sair quando você permitir que seu bebê desça pelo canal vaginal. Esse é um sentimento assustador, e a maioria das mulheres, quando estão sentindo este medo, são convencidas de que seus corpos serão prejudicados se elas relaxarem.
É importante lembrar que o seu cérebro pode não ser nada confiável nesse estágio do trabalho de parto. E será de grande ajuda ter alguém lembrando-a que você não vai explodir ou se rasgar ao meio, mas essa pessoa tem que saber bem do que está falando e precisa ser muito convincente. (Como uma doula).
Esse sentimento intenso geralmente passa quando o período expulsivo se inicia e a parte mais ativa do seu trabalho começa.
(Trechos do livro ”Spiritual Midwifery” por Ina May Gaskin – Tradução livre: Cristina Melo (Cris Doula)