Lá por volta de 1950 dois estudos mostraram que a fase ativa iniciava com 4 cm de dilatação. Porém esses estudos feitos Friedman, eram relativamente pequenos (com 500 mulheres e outro com 200 mulheres) e esses partos não eram naturais. Assim elas recebiam morfina durante o trabalho de parto e tinham seus bebês com o uso do fórceps. Esse era o parto ideal da época. Até pouco tempo atrás os médicos ainda acreditavam que 4 cm era o início da fase ativa e que toda mulher deveria dilatar 1 cm por hora a partir daí.
Porém outro estudo maior feito por Zhang em 2002 com 1,329 mulheres mostrou que é muito comum ter um progresso lento até 7cm, e que era normal dilatar menos que 1cm por hora, já que cada mulher dilata de uma forma. (Am. J. Obstet. Gynecol. 2002;187:824-8).
Em outro estudo em 2010 com 50,000 mulheres eles chegaram a conclusão que em média elas dilatavam 1cm a cada 2h e não 1cm por hora.(Obstet. Gynecol. 2010;116:1281-7).
Na curva de Friedman o trabalho de parto ativo iniciava com 4 cm, mas a curva de Zhang sugere que 6 cm devem ser considerado o início, onde o trabalho de parto evoluiu mais rápido. Essa é a realidade das mulheres, e muitos ainda se baseiam em 4 cm. Basicamente as mulheres em fase latente estão sendo tratadas como fase ativa, o que aumenta as intervenções e chances de ter um parto cirúrgico.
O estudo também mostra que mulheres com cesárea prévia devem ter um parto acompanhado como se fosse o primeiro parto, que mulheres com parto induzido demoram mais tempo para chegar aos 6 cm, mas evoluem como as com parto espontâneo após os 6 cm. E que mulheres obesas com uma massa corporal maior demoram mais tempo para dilatarem, e portanto, isso deve ser considerado.
Para ler na íntegra clique: http://www.obgynnews.com/specialty-focus/sexual-health/single-article-page/use-6-cm-dilation-to-judge-labor-progress/4a161a31c7f2b0adfeb032ae8c68b611.html?tx_ttnews%5BsViewPointer%5D=2