Muitas mulheres ainda tem essa dúvidas. Como no Brasil o parto é uma escolha da mulher, é difícil saber qual caminho seguir, principalmente quando as gestantes recebem informações de todos os lados ( muitas erradas também). Então nesse post vou explicar como funciona o parto e a cesárea.
CESÁREA
É uma técnica cirúrgica que consiste na abertura da parede abdominal abaixo da cicatriz umbilical, de forma transversal, logo acima do pube,ou longitudinal (atualmente em desuso). Em seguida é feito o corte sobre as estruturas acima dos órgãos, revelando-se a bexiga, que é afastada do campo cirúrgico. Uma incisão é feita, o líquido amniótico é aspirado de dentro do útero e o médico insere a mão para extrair a cabeça do bebê ou a parte do corpo que estiver mais perto.A boca e nariz do bebê são sugados e ele é colocado sobre o abdômen da mãe. O cordão umbilical é cortado e o bebê é levado para uma breve avaliação das funções vitais. Em seguida, se o pai esteve presente na sala de parto, pode segurar o bebê e levá-lo para a mãe. A placenta então é removida e o útero é limpo e o sangramento minimizado. Os ovarios, trompas e bexiga são inspecionados para certificação de que não houve traumas ou lacerações. O período de repouso é de duas semanas em casa. O procedimento é considerado de grande porte e envolve riscos como: hemorragia, problemas com anestesia, dor no pós-parto, morte materno e fetal, entre outros. Quando bem indicada, salva vidas!
PARTO NORMAL
Parto normal é sempre a melhor opção quando a saúde materna e fetal permite. A cesárea só é indicada quando existe risco materno ou fetal. O parto normal é dividido em fases, até que chegue o expulsivo, quando o bebê nasce. A recuperação da mãe é rápida, e o bebê se adapta muito melhor quando nascido via vaginal.Se for necessário a paciente recebe alguns pontos no períneo com anestesia local.
MOMENTOS DO PARTO
Na fase precoce do trabalho de parto a gestante pode sentir uma maior pressão sobre a bexiga, pode apresentar diarréia e dor nas costas. As contrações, embora ainda não dolorosas, se tornam mais freqüentes. Nesse período o colo do útero amolece, iniciando o seu processo de apagamento e dilatação. Geralmente ocorre o que se chama de perda do tampão mucoso, com o aparecimento de um corrimento espesso e sanguinolento. Quando as contrações uterinas começam a ficar mais intensas e regulares, pode ou não ocorrer o rompimento da bolsa de líquido amniótico, que muitas vezes escorre pelas pernas, molhando as roupas. Na maior parte dos casos essa é a hora de chegar ao hospital.
O PRIMEIRO ESTÁGIO
o estágio de dilatação do colo. Começa assim que as contrações começam a regularizar-se e termina com a dilatação completa.
A dilatação do colo inicia-se lentamente, é expressa em centímetros, pelo toque, cada dedo equivalendo de 1,5 a 2 cm. No início é de 2 cm e no fim, atinge 10 cm. O processo de dilatação pode ser bem demorado e levar entre 5 e 9 horas. Nessa fase, as contrações duram em média 30 ou 40 segundos, com o intervalo entre as contrações diminuindo para 5 minutos. Essas contrações ainda são leves. Algumas mulheres comparam com contrações já sentidas durante o período menstrual. As contrações são sentidas na parte baixa das costas passando para frente, abaixo do abdômen. Nesse momento, as emoções da mulher podem se misturar e ela se dividir entre felicidade por saber que o fim da gravidez está perto e que logo o bebê vai estar em seus braços, ou também ela pode estar apreensiva e chorar de medo, principalmente se for a primeira gravidez. As contrações vão se tornando mais intensas e o colo vai se dilatando com um pouco mais de velocidade. Agora o intervalo vai diminuindo para três minutos, e as contrações duram em média 60 segundos e já podem doer.
A última fase vem com a centralização do colo do útero. Agora a dilatação deve chegar aos 10 cm. As contrações são intensas e vêm com força total, duram entre 60 e 90 segundos com intervalos de 2 ou 3 minutos. O descanso agora é pouco. Nesse ponto a mulher deve concentrar-se em sua respiração. Se a bolsa de água ainda não partiu, provavelmente o seu médico vai parti-la. A partir daí a mulher começará a sentir uma necessidade de empurrar.
O SEGUNDO ESTÁGIO
O estágio da expulsão começa com a dilatação completa do colo do útero (10 cm) e a mulher começará a empurrar voluntariamente o bebê.
As contrações são muito intensas e dolorosas e duram entre 60 e 90 segundos. Chegando ao final, a mulher poderá sentir conforme o bebê vai aproximando-se da saída e ela poderá sentir uma espécie de queimação durante a coroação (quando a cabeça do bebê atinge a vulva) e uma dor intensa com a saída do bebê.
Mas essa dor leva questão de segundos e o fim desse estágio vem com o alívio e felicidade em ver o bebê.
O TERCEIRO ESTÁGIO
O período de Greenberg começa após o nascimento do bebê e desprendimento da placenta e dura por volta de uma hora. Agora é hora de mãe e bebê se tocarem enquanto a mãe vai aos poucos se recuperando. A equipe médica vai examinar a placenta e cordão umbilical, verificando se não houve nenhum rompimento anormal e é hora de fazer as suturas se necessário.
A mãe é colocada em observação nas primeiras horas após o parto, para o controle de eventuais sangramentos e para recuperação.
Lembre-se de se informar, debater, e escolher consciente. A sua decisão é muito importante para você e para o seu filho.
Fonte: Trechos retirados do site: Clique!
Cris De Melo
Mãe da Sofia
& Doula!