No dia 10/08/2012 nosso bebê Alberto completou um mês de vida, então decidi reservar um tempo para escrever sobre sua chegada neste mundo!

Bem…eu e meu esposo Gilson tivemos uma surpresa em novembro/2011 quando descobri que estava grávida de dois meses, pois eu fazia um tratamento de saúde e imaginei que os sintomas fossem devido a isso. Surpresa que traz muitos sentimentos, mas a certeza de que o Alberto já estava planejado primeiramente no coração de Deus, então foi muito acolhido e amado por nós a partir deste momento. O detalhe é que estávamos planejando nos casar (o que aconteceu um mês depois) e eu esperava a chamada de um concurso para o próximo ano (o que aconteceu em março/2012 e tive que passar a morar em Florianópolis), então o nosso bebê acompanhou na barriga estes momentos tão especiais da minha vida pessoal e profissional…

No início minha opinião sobre gestação e nascimento ainda não estava formada, vi minhas irmãs terem cesárea e no fundo pensava que era o melhor, mas a partir do momento em que passei a pesquisar fiquei impressionada com a prática dos médicos no Brasil quanto à cesárea eletiva e motivos que dão para “induzir” mulheres a escolher cesárea e também entendi o significado importantíssimo de deixar o corpo fazer o trabalho para o qual está programado desde sempre! Na região onde moro – Joaçaba-SC não é diferente e não dispõe de clínicas ou hospitais com possibilidade de realizar um parto humanizado, então quando soube que estaria em Florianópolis no período do nascimento do Alberto pesquisei profissionais desta área e encontrei o site da Cris, logo me encantei com o seu trabalho e mandei e-mail – no quinto mês de gestação – o contato com ela já me surpreendeu pois ela sempre falava com muita segurança sobre sua prática e percebi que era muito fácil e confiável ter uma doula pra me acompanhar e me orientar, já que eu estaria um pouco perdida em Floripa. Na primeira consulta na casa da Cris eu e meu marido confirmamos a impressão de confiança que tínhamos dela, e decidimos com a sua ajuda que o parto preferencialmente seria na Maternidade Ilha e que o Dr. Fernando seria o nosso obstetra e assim foi… O tempo foi passando, a barriga crescendo e o bebê ficando grande…rsrsrs(a Cris sabia que esse era meu maior medo).

Apesar da correria do trabalho buscava me preparar e estudar sobre o parto, li muitos relatos deste site e outros artigos o que me ajudou muito! Meu marido mesmo estando a 500 km de distância esteve sempre presente e para o grande momento conseguiu uns dias de férias para esperar a chegada do nosso bebê que só veio com 41 semanas e 3 dias – imagina o tamanho da ansiedade e quantas caminhadas na praia pra estimular o TP, sem contar as dicas da Cris que foi tiro e queda! No dia 10/07/2012 às 2:00h da madrugada começaram as primeiras contrações bem fraquinhas e quando fui ao banheiro saiu o tampão mucoso e eu fiquei toda animada, acordei meu marido que deu um salto e já foi se animando também, ai começamos a contar os intervalos entre as contrações, estavam de 8 em 8min e logo passou para 5 em 5min e eu em contato com a Cris via mensagem de celular, ela como sempre muito pronta nas respostas “tente descansar que é só o início”, mas às 3horas rompeu a bolsa e como estávamos  longe do centro a Cris e Fernando disseram pra irmos pra maternidade pra evitar imprevistos, rsrsrs… eu achava que seria bem rápido, mas que nada, quando a médica de plantão da clínica fez o toque tinha nem dois centímetros de dilatação e as contrações começaram a ficar mais fortes…já no quarto com meu marido do meu lado e a Cris cuidando de outro parto que estava acontecendo na banheira (que eu queria usar, haha)e me orientando ao mesmo tempo, o TP foi evoluindo lentamente, como o meu corpo precisava, ali fui pro chuveiro, fiquei na bola, rebolei, o Gilson na massagem e apertado meu quadril, deitei pra descansar e quando era meio dia eu já estava com sete centímetros!! Aí me animei, pensei “falta pouco pra conhecer nosso bebê!”

Almocei forçada pelo meu marido, que depois viu tudo voltando no chão da sala de parto…hahahaa mas tudo bem “é assim mesmo, normal” a Cris me deixava a vontade e ali na sala de parto (que já haviam limpado após a outra doulanda da Cris ter parido), o Dr. Fernando  chegou “pra acompanhar a festa” como ele diz, os dois me deixavam tranqüila, auscultando o coraçãozinho do nosso bebê e orientando o meu marido a me ajudar, ah e a Vicky ali fotografando bem discretamente…comecei a me concentrar naquelas ondas de dor, rezando e mentalizando a chegada do Alberto, respirando nos intervalos das contrações, aliviando a dor com massagens mágicas da Cris e do Gilson, chuveiro, bola e banheira – que por sinal é uma maravilha, pois as contrações até diminuem dentro da água – e assim a hora foi passando, hoje lembrando penso que não tinha noção do tempo…parecia que eu estava em outra dimensão, parece que foram só umas três horas, mas foram 16 horas de TP.

O período expulsivo, nem lembro que hora começou, mas foi muito incrível sentir o corpo naturalmente pedindo pra fazer força enquanto as contrações traziam o nosso filho pra nós, nossa é perfeito! (apesar da dor, hahaha) e o Dr. Fernando brincava “vamos apostar o peso deste bebezão” – Graças a Deus pesou menos que as apostas!!! Rsrsrrs. Quando o Alberto estava coroando pediram pra entrar na banheira com meu marido atrás de mim, fiz mais algumas forças e às 18:13hs tive a experiência mais intensa que já vivi, a Cris pegou o Alberto e colocou em meus braços, ele já chorou forte e logo parou pra olhar para nós seus pais e ficamos eu e o Gilson ali na água conhecendo nosso filho amado, um meninão de 3.960kg (e nenhum ponto no períneo)!  Após alguns minutos o Dr. Fernando pediu ao Gilson que cortasse o cordão umbilical, uma superação pra quem não conseguia nem ver sangue! Enfim, foi incrível e vale muito a pena o esforço!!

                Meu conselho para seu parto: esteja informada, tenha um bom obstetra, tenha uma doula como a Cris, tenha o marido ou uma pessoa de confiança por perto neste momento tão especial! E viva o parto humanizado!

“Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer” (Michel Odent)


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