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A infecção pelo Streptococcus agalactiae (beta-hemolítico do grupo B) tem sido reconhecida como importante causa de doença perinatal grave, incluindo pneumonia, sepse e sídrome do choque tóxico do recém nascido.O contato do recém nascido com o agente infectante geralmente ocorre na passagem pelo canal vaginal, durante o parto, já que cerca de 10 a 30% das mulheres saudáveis podem apresentar o microrganismo, normalmente, colonizando transitóriamente o trato genital ou como microbiota residente da região.

Desta maneira, a pesquisa do microrganismo através de cultura em todas as gestantes tem sido recomendada nos EUA desde 1996, o que levou a uma redução de 70% nos casos de infecção.

São realizados dois swabs: um do intróito vaginal (não é necessário colocação de espéculo) e outro retal. O material é colocado em meio de transporte (Amies ou Stuart), onde pode permanecer por até 4 dias em temperatura ambiente ou refrigerado para realização da cultura.

O rastreamento positivo indica profilaxia intra-parto com penicilina. Nos casos de pacientes alérgicos à penicilina, o laboratório deve ser comunicado para que seja realizado teste de susceptibilidade à clindamicina e eritromicina. Seguem as principais recomendações para a pesquisa de Streptococcus agalactiae em gestantes:

• Rastreamento através de cultura para colonização vaginal e retal de todas as gestantes entre 35 e 37 semanas de gestação.
• Profilaxia intra-parto com penicilina nos casos de rastreamento positivo.
• Profilaxia intra-parto também é indicada para casos de bacteriúria por Streptococcus beta-hemolítico do grupo B ou história de doença perinatal pelo agente em gestação prévia.
• Profilaxia não é indicada em mulheres colonizadas, somente nos casos de cesariana planejada, antes do início do trabalho de parto e na ausência de rotura de membranas.

Lembrando que se o exame der positivo isso não é indicação para cesárea, também não existe tratamento pra isso durante a gestação.
O que é necessária é receber profilaxia INTRAPARTO (durante o trabalho de parto), com finalidade de reduzir a incidência de sepse neonatal.

Mulheres que farão cesárea eletiva não precisam receber o antibiótico antes da cirurgia.

Fonte!

Cris De Melo
Téc. Enfermagem & Doula


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